God of War Ascension: Como começou a tragédia na lore de Kratos

God of War: Ascension marca o início cronológico da jornada brutal de Kratos. Seis meses após cometer o trágico assassinato de sua esposa e filha — ainda sob a influência de Ares —, o guerreiro espartano embarca em sua primeira luta por liberdade, redenção e sanidade. Lançado em 2013, este capítulo revela os primórdios da queda de Kratos, quando ele ainda buscava romper os laços com o deus da guerra. Mais do que um prelúdio, Ascension é o ponto de partida da lenda.

HISTÓRIAS

4/3/20258 min read

God of War: Ascension | Jogo Completo Sem Comentários Legendado PT porSingle Multiplayer em youtube

As Fúrias e o pacto com Ares

Muito antes de Kratos empunhar as Lâminas do Caos ou desafiar os deuses do Olimpo, os céus e a terra já ardiam em guerra. Na era dos Primordiais — entidades que existiam antes mesmo dos deuses — nasceu o caos que deu origem às Fúrias: criaturas implacáveis encarregadas de punir todo aquele que ousasse quebrar um juramento divino.

Sua primeira vítima foi Aegaeon, um Hecatônquiro que desrespeitou um juramento de sangue feito a Zeus. Para as Fúrias, a morte era uma punição leve demais. Por isso, transformaram Briareu em uma prisão viva, feita de pedra, usada como exemplo e castigo eterno para todos os traidores.

Com o passar do tempo, as Fúrias encontraram em Ares um aliado em potencial para um plano ainda mais ambicioso: tomar o trono do Olimpo. Unidos por interesses sombrios, selaram uma aliança, mas logo perceberam que precisariam de algo mais — um guerreiro perfeito, alguém moldado para a guerra, sem empatia ou hesitação

Na tentativa de criar esse ser ideal, Alecto, a rainha das Fúrias, se uniu a Ares e gerou um filho: Orkos. No entanto, para Ares, Orkos não era o instrumento de guerra que esperava. Rejeitado por seu próprio pai, Orkos foi poupado por sua mãe e recebeu um novo propósito — se tornar o Guardião da Jura, incumbido de garantir que os pactos de sangue jamais fossem quebrados.

Mas foi apenas ao cruzar o caminho de um guerreiro espartano marcado por tatuagens e sede de batalha que Ares enxergou sua verdadeira arma. Com a ajuda das Fúrias, ele manipulou Kratos a selar um juramento de sangue, tornando-o seu campeão. Para moldá-lo por completo, Ares orquestrou a tragédia definitiva: fez com que Kratos assassinasse, sem saber, sua esposa Lisandra e sua filha Calíope.

A história completa dessa tragédia, e de como Kratos se tornou o Fantasma de Esparta, você encontra no nosso post dedicado à origem de Kratos.

A traição, as ilusões e a aliança inesperada

A recusa de Kratos em continuar servindo Ares foi vista como um sacrilégio imperdoável. Enfurecido com a rebeldia de seu antigo campeão, o Deus da Guerra recorre às Fúrias, exigindo que o espartano fosse capturado e punido por sua traição ao juramento de sangue.

Sem piedade, o trio ancestral mergulha Kratos em um tormento psicológico. As Fúrias invocam ilusões contínuas projetadas para desestabilizar sua mente e corroer sua vontade. Preso entre realidade e delírio, Kratos se vê em um limbo torturante, onde sua dor e culpa são transformadas em armas contra ele.

quando a linha entre o real e a ilusão parece prestes a se romper — surge Orkos, o Guardião da Jura. Em vez de atacá-lo, ele se coloca entre Kratos e a loucura, revelando não ser mais um inimigo, mas um aliado.

Mesmo sendo filho de Ares e das Fúrias, Orkos se mostra inconformado com as injustiças cometidas em nome dos deuses. Reconhecendo que Kratos foi enganado desde o início, Orkos rompe com sua lealdade materna e oferece ao espartano uma chance de libertação e finalmente se livrar do juramento de sangue Orkos revela que a única forma de quebrar o laço com Ares está em Delfos, com a Oráculo Aletheia, uma figura sagrada que detém conhecimentos que os deuses prefeririam manter em segredo.

Aletheia e a verdade revelada

A jornada até Delfos leva Kratos ao encontro de um novo obstáculo: os profetas siameses Pollux e Castor, guardiões corrompidos do Oráculo. Com sua influência distorcida e poder profano, eles mantinham Aletheia aprisionada, impedindo que qualquer verdade fosse revelada aos olhos mortais.

Como de costume, Kratos responde ao desafio do único modo que conhece: com violência implacável. Após uma batalha brutal, ele elimina os dois irmãos deformados, libertando a Oráculo de sua prisão. Mas a liberdade de Aletheia vem acompanhada de um fardo pesado: a verdade.

Com os olhos ainda brilhando pelo dom da visão, Aletheia revela ao espartano o que ele mais precisava — e temia — ouvir:

“A única forma de romper os laços com Ares… é destruir as Fúrias.”

Megaera, Tisífone

Após ver a oráculo e continuar sua missão para romper o juramento com Ares, Kratos é confrontado mais uma vez por Megaera, agora em um terreno distorcido onde a realidade parece falhar.

Desta vez, ela não está sozinha. Ao seu lado surge uma estranha criatura alada que, à primeira vista, parece insignificante. No entanto, Kratos logo descobre que a ave é uma manifestação das ilusões criadas por Tisífone, a Fúria mestre da manipulação mental.

O combate que se segue mistura realidade e delírio. O ambiente se fragmenta, o chão some, inimigos falsos surgem, e a forma verdadeira de Megaera se funde com as ilusões criadas por Tisífone. Kratos, no entanto, responde como sempre respondeu aos jogos dos deuses com brutalidade.

Ao romper as camadas de ilusões, o espartano desfaz o disfarce do pássaro e encara as Fúrias em sua forma real.

Mesmo após ferir gravemente Megaera e resistir às ilusões sufocantes de Tisífone, Kratos não tem tempo para respirar. Quando parece que a batalha está prestes a virar a seu favor, uma presença colossal invade o cenário Alecto, a rainha das Fúrias, surge das sombras com autoridade absoluta.

Mas antes que possam concluir o golpe final, uma figura familiar intervém — Orkos. Num ato de coragem e lealdade, o Guardião da Jura invade o domínio das Fúrias e salva Kratos de sua prisão, rompendo momentaneamente o controle de Alecto.

Vitória com gosto de tragédia e o início de um novo fardo

Com as Fúrias ainda vivas e seu juramento intacto, Kratos parte para o confronto final. Tisífone e Alecto, em um último ato de manipulação, tentam quebrar sua resistência de forma mais íntima: elas se transformam em Lysandra, sua falecida esposa, apelando para a culpa que o assombra desde o início.

Mas Kratos já não é mais enganado por ilusões. Ele encara a dor de frente, recusa a mentira — e com sua fúria renovada, quebra o pescoço de Tisífone e esfaqueia Alecto até a morte, pondo fim ao reinado das Fúrias.

A vitória, no entanto, não vem sem custo.

Ao retornar para Esparta, Kratos é recebido por Orkos, seu aliado e amigo, que revela uma última verdade cruel: antes de morrerem, as Fúrias o tornaram novamente Guardião da Jura, agora ligado ao povo espartano. Isso significa que o vínculo de Kratos com o juramento de sangue ainda não foi totalmente rompido.

A vitória, no entanto, não vem sem custo.

Ao retornar para Esparta, Kratos é recebido por Orkos, seu aliado e amigo, que revela uma última verdade cruel: antes de morrerem, as Fúrias o tornaram novamente Guardião da Jura, agora ligado ao povo espartano. Isso significa que o vínculo de Kratos com o juramento de sangue ainda não foi totalmente rompido.

A única forma de acabar com isso seria libertar Orkos... pela morte.

Num dos momentos mais trágicos de sua história, Kratos realiza o ato, matando Orkos e enfim se livrando completamente do pacto com Ares. O sangue do amigo se junta à longa lista de perdas que o guerreiro carrega. O corpo de Orkos jaz em seu templo, e Kratos, mesmo livre dos deuses, sabe que jamais será livre de si mesmo.

Ao romper o juramento por completo, o selo das Fúrias é desfeito — e com ele, as lembranças do passado que haviam sido bloqueadas voltam à tona. A imagem de Lisandra e Calíope, o sangue em suas mãos, o clamor da tragédia... tudo retorna com força. Kratos é tomado pela dor, pelo ódio e pela culpa, mergulhando num estado de desespero silencioso.

Enquanto a fumaça da tragédia ainda se ergue no templo espartano, a guerra interior de Kratos está longe de acabar. E seu caminho, mais uma vez, o levará a um novo campo de batalha.

A história de Kratos está longe de acabar.
Será que servir aos deuses do Olimpo vai redimir sua alma… ou apenas aprofundar sua ruína?

👉 Descubra no próximo capítulo: God of War – Chains of Olympus.